quinta-feira, 3 de março de 2011

Audiência Pública vai debater impacto de obras da Copa 2014

Daniel Hammes, GT Comunicação

MPF convidará MP RS, Prefeitura de Porto Alegre, Governo Estadual e secretarias municipais e estaduais e comunidades atingidas para o dia 25 de março 

O dia 25 de março é a data para a Copa do Mundo de 2014 começar a ser debatida em Porto Alegre sob o olhar das pessoas atingidas pelas obras do megaevento. A realização de uma Audiência Pública foi confirmada durante encontro com o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alexandre Gavronski, nesta quarta-feira (2), na sede do Ministério Público Federal, em Porto Alegre.

A Audiência deve ocorrer no Auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa, às 14h. Além das comunidades atingidas, o MPF convidará o Ministério Público Estadual, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Governo do Estado e as secretarias municipais e estaduais envolvidas com a questão. No Brasil, as outras cidades sede da Copa de 2014 buscam organizar audiências públicas para marcar o dia como uma mobilização nacional.

Falta de informações

Durante a reunião, os representantes do Comitê Popular da Copa 2014 de Porto Alegre reclamaram da falta de informações. A Audiência Pública, portanto, será o momento de as comunidades fazerem perguntas como “para onde a população vai ser removida”, “quanto de recursos públicos serão destinados para as obras”, “qual a origem destes recursos”, “que obras são essas”, “o que vai, de fato, beneficiar a população”.

Gavronski ressaltou que busca nortear sua atuação no MPF pela participação e transparência. Por isso destaca a importância de promover Audiências Públicas e obter resultados concretos.

Waldir José Bohn Gass, integrante do Comitê Popular, lembrou que a população atingida quer a Copa de 2014 em Porto Alegre, mas com obras que melhorarem a vida da sociedade. “Está tudo muito nebuloso. Somos parte da cidade que é marcada pela participação. Queremos ser ouvidos”, disse.

Outro integrante do Comitê, Ronaldo de Souza, afirmou que a falta de informações começa a gerar preocupação nas comunidades. “O povo está apavorado. A prefeitura faz levantamento topográfico de áreas, vai de casa em casa. Como que o povo fica com a possibilidade de ser tirado do local que está há 60 anos sem sequer ser ouvido?”, disse.

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